terça-feira, 29 de dezembro de 2009

MELISSA

Os dispersos raios de um sol extravagante
orientando os passos do viajante.
Geleiras ao mar, orvalho em queda,
deslizando no verde
das folhas da planta.


Gritos, grutas e pássaros, saltos e rastros,
asas de inseto, esperanças no afeto.
Ostras na areia, astros no céu, leão na floresta, vento que leva o chapéu.
Calçar a meia. Desenhar a valsa, os varais, a rã.



É festa, e o riso dissipa o véu.
A lá e o cetim, a fumaça, o aço,
a anel, o anil, o algodão, a flanela,
o canavial, o bagaço,
a luz no peitoril da janela.
Alaridos ao léu.


O pardal, o perdão, o flamingo,
a catatua, a ema,
o domingo, o poema,
o guará, o guaraná,


A rosa e a cotovia,
as folhas espalhadas,
o choro e as gargalhadas de cada dia.
Seja bem vinda, Melissa!




MARCIANO VASQUES    (escrito em 26 de junho de 2001)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Pesquisar neste blog