quinta-feira, 29 de julho de 2010

ROSPO NA PASTELARIA



- Ele não paga - disse o pasteleiro ao funcionário que cobrava o sujeito que tomava um caldo de cana.
- No balcão, com seu copo de garapa, o sapo mais curioso do mundo  perguntou:
- Por que ele não paga?
- Ele é o nosso candidato.
- Candidato?
- Será o nosso futuro governador. Já foi nosso prefeito...
- Espere um pouco! Agora eu o reconheço. Não é aquele que foi acusado de desviar verbas públicas e receber propinas? - cochichou o nosso amigo ao pé do ouvido do pasteleiro.
- Sim, é ele mesmo.
- Espere um pouco! Eu que nunca roubei da cidade, jamais recebi propinas, pago pelo caldo de cana e ele não paga? Isso é um insulto! É um ultraje! Um desrespeito! Um escândalo! 
- Calma Sapo! Você está nervoso...
- Meu nome é Rospo, e não estou nervoso. Apenas estou dizendo o que incomoda...
- Está bem, não precisa pagar pela garapa.
- Mas eu vou pagar, eu quero pagar. Tome as moedas.
- Obrigado...
- Agora vá cobrar do candidato, por favor!...

HISTÓRIAS DO ROSPO 2010 - 171

Marciano Vasques


3 comentários:

  1. Oi, como vai? Sei que o seu blog tem uma filosofia diferente do meu... e que talvez não tenha nada a ver com o selinho que estou dedicando ao seu blog... a esperança dele ser aceito é muito grande! Desde já agradeço a compreensão! http://missmagu.blogspot.com/

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  2. OI Heloísa, claro que aceitarei o seu selinho.
    E Rospo e Sapabela mandam beijos,
    Marciano Vasques
    * Eu gosto de doces...

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  3. uma classica fabula sobre dois pesos e duas medidas...
    cobrar do candidato pode assumir varias conotações. Adorei.

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