segunda-feira, 23 de agosto de 2010

ROSPO E A POESIA

- Rospo, diga algo que não se torna mercadoria.
- A poesia, Sapabela.
- Errou.
- Errei?
- Veja, comprei um livro... de poesia.
- E dai?
- Comprei a poesia.
- Não, Sapabela, você comprou um livro, o veículo maravilhoso que abriga, transporta e conserva a poesia, mas, jamais poderá comprá-la.
 - Você está certo?
- A poesia atravessa os tempos, está no sussurro de mil gerações, mora na ventania e na poeira dos séculos...Jamais será transformada em mercadoria.
- Mas o autor recebe direitos autorais...
- É para proteger os que escrevem...
- Não é uma forma de vender?
- Não, é apenas uma forma de proteger aquilo que jamais alguém poderá comprar...
- Meu amigo, o mundo poderia ser como você...

HISTÓRIAS DO ROSPO 2010 - 193
Marciano Vasques

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