— Você tem que ser ética sempre, Sapabela. Profundamente ética, pura, genuína...
— Eu sei.
— Mesmo que encontre alguém por quem vá se apaixonar e entregar o seu coração de sapa...
— Eu sei.
— E vá oferecer a esse alguém o mais sublime, o maior símbolo de confiança...
— Qual, Rospo?
— Dormir ao lado desse alguém...
— Sim, farei isso um dia...
— E mesmo que com o passar do tempo, através dos anos, esse alguém não pareça tão ético aos seus olhos...
— A convivência vai revelando o outro...
— Mesmo assim, você tem o compromisso com si mesma...
— Qual, Rospo?
— Continue sempre a mesma: pura, ética, autêntica, transparente, verdadeira...
— Compreendo... Mas...
É difícil encontrar alguém certo para o amor, Rospo...
— O amor solicita uma grande aliada, Sapabela, e só ela poderá definir se ele, o amor, irá se desbotar ou se fortalecer...
— E a que aliada é essa, Rospo?
— A única. É intransferível.
— Quem é ela, Rospo?
— A convivência.
HISTÓRIAS DO ROSPO 2011 - 447
Marciano Vasques
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