sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A LUA E O TEMPO

No cais
Sangrando orvalhos 
Nos  ais: o tempo.

ZIPA!

—Sapabela, um sorvete?
—Zipa!

O SAPO E A FESTA

Como é Natal, Rospo foi convidado para uma dezembrificada festa junina, e chega vestido a caráter.
—Fica bem de caipira!
—Obrigado, Sapabela! Você está bonita.
—Isso é sempre, Rospo!

APAIXONANTES AMIZADES

—Rospo!
—Sapabela! Que bom encontrá-la! Ele está chegando.
—Ele quem?
—O Ano Novo.
—Abro-me para ele...
—Não, Sapabela!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

SALDÃO NO SHOPPING

Rospo no shopping só observando. Várias lojas estão realizando o milagre do Saldão. Diante do mistério, o sapo vê a multidão que passa por ele. Todos os sapos felizes. Viva o Saldão!

ENSABOANDO, ENSABOANDO

—Rospo, que faz aí à beira do lago, na relva deitado?
—Ensaboando, Sapabela, ensaboando.
—Isso é papinho de Cartola*, meu amigo. Como pode estar ensaboando se nada tem além de um livro, fechado, por sinal?

OS SAPOS E O SOL

Última noite do ano. Os amigos Rospo e Sapabela se encontram e papeiam enquanto aguardam a hora.
—Um ano se passou!
—Verdade, Sapabela. E você? Girou ao redor de qual Sol?

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

ENTULHO NA PRAÇA?

Um sapo joga entulho na praça.
—Pare, meu amigo! O que está fazendo? Pare!
—Ficou maluco? Estou jogando entulho e ninguém tem nada com isso.
—Eu tenho!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

PROPOSTA?

Como Cartésius, deveríamos reduzir tudo ao grau zero. Explico-me: pôr em dúvidas cada provérbio, cada ditado popular, e peneirar, apurar, filtrar, examinar. Até ficar apenas com os que engrandecem o Ser e trazem benefícios para a consciência; e assim com todas as piadas, todas, as de loiras, enfim, e examinar uma por

domingo, 25 de dezembro de 2011

O ALVOROÇO ALVORECE

—Dia alvorecendo, Sapabela! Acorde!

BREVE FUGA DO NATAL EM FAMÍLIA

Radiante Sapabela com seu amigo na calçada do Natal.
—Sapabela, conseguiu fugir um pouco?
—Logo retorno, Rospo, em alguns minutos. Natal, bem sabe, é comemoração familiar.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

PRESENTES E PRESENTES

—De cachimbo, comprando um presente, quando no reflexo da vidraça vê uma amiga se aproximando.
—Sapabela!
—Rospo! Não quero atrapalhar.
—Nem pense, Sapabela. Seu presente já comprei.
—Ulalá Ulalá!

CONVERSA NATALINA

—Yupiiii!
—Rospo? Que alegria é esta? Já sei: É sexta-feira. Ninguém é de ninguém! Isso o deixa bem eufórico, não é?
—Sapabela, estou feliz também por outras coisas, outras descobertas.
—Diga, meu querido. Já sou um brinde ao seu dizer.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

NO ACONCHEGO DA CHEGADA DA NOITE POLAR

—Rospo! Sexta-feira! Lembra? Ninguém é de Ninguém! Vamos tomar um sorvete gelado? A noite está nublada,  a lua se escondeu. Faceira que só ela. Não faceira de Face, mas de dengo, de andarilhar no céu a brilhar. Às vezes parece um sorvete de creme, bordado numa estrelada toalha azul.

A PORTEIRA DO SAPO

Não para matar a saudade, mas para adoçá-la, Sapabela se ofertou a um passeio de simplicidade. Foi ao Brás. De trem, que o tempo passa mas é bom quando o faz de trem. Ainda na plataforma já ouviu umas conversas que despertaram a sua curiosidade. Diziam sobre uma nova porteira no Brás.

POESIA PARA CLARICE

clarice, filha querida

quando em sua boca se ausentar
a doçura da manhã que se perdeu
nos atalhos apressados do chegar

e em seus cabelos mutantes pousar
o silencio de pássaros que partiram
para sempre, para não mais voltar

por favor, quando chegar esse dia
não deixe que a amargura prevaleça
não deixe que a dor vença a alegria

hoje e sempre, feliz aniversário!

akira – 19/12/2011.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A TRANSLAÇÃO DA SAPABELA

—Sapabela! Que sábado azul, ensolarado. Mormaço triunfante. Tudo de bom, tudo demais!
—Rospo! Parece-me tão feliz, tão contente. Às vezes sinto-o como o mais feliz sapo de brejo, mesmo com as passageiras fases de tristeza. Seria por acaso o sapo mais feliz do brejo? Talvez o mais brejeiro?
—Francamente sim.

O PRESENTE DOS PRESENTES

—Rospo, já foi ao shopping comprar presentes?
—Ainda não. Irei amanhã.
—Já sei. Amanhã é quinta, e também dia 22. Seu dia preferido da semana e seu número predileto. Posso dizer uma coisa?
—Sempre pode, Sapabela.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

CONHECE O TEMPO?

NO MEU PAÍS TANTAS MENINAS FORAM BATIZADAS DE AMANDA

NEM TÃO SIMPLES ASSIM

—Alô!
—Essa voz! Sapabela! Que alegria!
—Rospo, existe já o virtual empoeirado?
—Sim, Sapabela. É a memória que não foi inventada. As palavras, os dizeres que não sobreviveram. Aquilo que escorreu no ralo do esquecimento. Bem sabe: o que não vingou no coração, dançou. Aquilo que não fincou pra valer, perdeu a força e até se desbotou.

A ESSÊNCIA DOS VALORES

Longe das mentes bloqueadas, lá vai o Rospo, cativando seu caminhar, na calçada onde a fragilidade rompe as fendas.  Apegado aos corações que, vagabundeando, e banhados de aflições e luares pedem uma pausa, um pensamento solitário, uma doçura, um átimo de ternura. Bem, lá vai ele, quando, por um esmero de acaso encontra a velha amiga:

FALSIDADE DIPLOMADA

—Sapabela, o que é uma "Falsa Diplomada"?
—Uma falsa diplomada é a colega que fala, mas dá o bote. Não tem guizo no pescoço e é sempre coerente com a sua falsidade.
—Onde se encontram essas tais criaturas?

A FALA E O OUVIR

—Sapabela, deveriam ser parceiros.
—Quem, Rospo?!
—A boca e os ouvidos.
—Não entendi.
—Por pouco tempo. Num instante entenderá.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A TERRÍVEL CRIATURA

—Sapabela! Sapabela!
—Rospo! Pare de escândalo! Está agitando os braços. O que aconteceu?
—Fuja, Sapabela! Fuja!

domingo, 18 de dezembro de 2011

NA ALEGRIA DE VIVER

—Rospo, vamos a um pastel assado?
—Já estou lá, Sapabela. Diga onde é!
—Pego você logo mais. Meu carro voltou do conserto.
Amigo, preciso dizer algo antes de desligar.

REDES, CASAS E SORVETE



Rospo ao computador quando a campanhia toca.
—Sapabela! Que surpresa!
—Que está fazendo, amigo?
—Antecipando Janeiro.
—Não entendi.

SORVETE APÓS O MERGULHO

—Rospo! Cadê a alegria?
—Está entre nós, Sapabela.
—Faz tempo não o encontrava. Por onde andou?
—Procurando por ela.
—Ela quem?

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

PRESENTE DE CIDA FERRARI DOS SANTOS

FORÇA PERMANENTE NA POEIRA DAS RUAS

Ainda nos respingos do orvalho, Sapabela na calçada, polvilhada de sexta-feira, alvorece na gratidão de sua essência, quando encontra o velho amigo.
—Rospo! Sua chegada me faz pensar de imediato na felicidade dos gibis antigos.
—Pegou isso, Sapabela?
—Sua pergunta surge como uma flecha ligeira. Não peguei, cheguei um pouquinho depois, mas penso nos meninos que cresciam nas páginas de nanquim. Que felicidade um lago de nanquim aguada!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

GUIRLANDAS DAS CONSCIÊNCIAS

Enluarada Sapabela na praça pede conversa  com verso, mas...
—Rospo!
—Diga, querida.
—Gostou do meu vestidinho?
—Adorei, Sapabela! Principalmente a parte verde, tão reluzente.
—A parte verde sou eu, Rospo! O vestinho é vermelho.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

VAMOS AO CINEMA?

Rospo na praça é conversa de graça.
—Sapa, licença?
—Pois não.
—Pode me contar uma das fantasias das sapas?
—Por que eu faria isso?

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

CAVALO, MENINA...

Cenas da minha infância contribuíram para que eu viesse a me tornar o homem que sou: o cavalo que atolou a carroça numa valeta e foi chicoteado até tombar ao chão

LIVRO DE OURO

 DO LIVRO DE OURO DOS TESOUROS DE SANTOS


Quando você vai para Santos, assim que desce a serra, passa por Cubatão. No trajeto até a cidade brilhante, passa sobre um rio chamado Casqueiro. Um homem

TECENDO E REFAZENDO

—Certa conversa nossa você falou sobre o fato de eu usualmente mencionar certos "atributos" culturais da Sapa, como preparar o bolo, a massa,  espalhar pela vizinhança o aroma do bolo . Aroma de chamar meninos que estão brincando no capinzal.

SAPABELA VINGATIVA?

—Sapabela! Você é vingativa?
—Eu? Anda com umas perguntas bobas, Rospo! Esse papo de ser vingativa não cola em Sapabela.
—Tem sapa dizendo que Sapas são vingativas.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

BLOQUEANDO CONTEÚDO?

—O frete é grátis, Sapabela.
—Que frete, Rospo?

domingo, 11 de dezembro de 2011

NO DOMINGO À NOITE

—Rospo!
—Sapabela! Que alegria.
—Como sei que qualquer dia irá dizer que os maiores mestres da humanidade dos Sapos são as crianças, gostaria que falasse algo sobre isso agora.
—Sim, Sapabela, a criança nos ensina de duas maneiras, quer dizer, em duas épocas diferentes.
—Precisa falar um pouco mais.

sábado, 10 de dezembro de 2011

DEPOIS DO PARQUE MARISA

Rospo e Sapabela se despedem do Parque Marisa, onde viveram momentos de alegria, luzes e cores.
Para eles, tudo parou quando se abraçaram, próximo ao carrossel.

POR MERECIMENTO

Torne-se incurável de seu amor,
Se ele for merecedor.

NO PARQUE MARISA

—Rospo!
—Sapabela! Alegria encontrá-la. Aliás, sei que é meio bobeira, mas quero aproveitar para dizer algo: Nem tenho como agradecer a alegria que sua amizade me causa.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

FALANDO DE ÉTICA

—Rospo! Sexta-feira!
—Yupiiiiii!
—Já sei, sabadoficando.
—Sababela, fui dormir pensando na nossa conversa de ontem, e já que você perguntou...
—Eu perguntei?

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A PAIXÃO PELA BELEZA APENAS

—Rospo! É feliz realmente?
—Uma autêntica pergunta sapabélica.
—Que precisa de resposta.
—Considero-me o mais feliz sapo do brejo.
—Já se apaixonou?

SAPABELA VAI AO CONCERTO

—Rospo? Um pouco chateado?
—É...
—O que o incomoda? Algum serpentário? No ambiente de trabalho, por acaso?
—Está tudo bem, Sapabela.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O CIO DO CÉU

Abro a janela.
Recolho um pouco da lua,
Uma fatia de luar,
Um estilhaço de brilho,
Um rastro de luz,
Uma estrela,
Um azul bem forte,

É noite.
Acima das luzes da cidade,
Da janela de um apartamento,
Contemplo,
O cio do céu.



Marciano Vasques

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

VIDA EM RETIDÃO

Velhos amigos se encontram.
—Minha ameiga!
—Ameiga? Que coisa é essa, Rospo?
—Amiga meiga é ameiga, Sapabela.

LEITURA E OUTRAS FELICIDADES

Sapabela em seu passeio vespertino quando encontra o querido amigo:
—Rospo! Que alegria!
—Meu coração também se alegra só de vê-la. Vamos de calçada?
—Já estou, não é? Só faltava companhia.

domingo, 4 de dezembro de 2011

COISA E TAL

Ainda bem
Se te curaste de mim.

sábado, 3 de dezembro de 2011

UMA SAPA APAIXONANTE

Tarde de sábado é tesouro que não se perde, e lá vai a Sapabela, num "Refaço de Recife", caminhando na calçada rumo a um Shopping de passear, quando encontra o velho amigo:
—Rospo!
—Sapabela! Minha querida.
—Está piscando, Rospo? Um cisco na vista?

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

OS SALVADORES

—Sapabela!
—Rospo, meu lindo! Hoje é sexta!
—Yupiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!
—Para que eu fui lembrar?
—Ninguém...
—Já sei, ninguém é de ninguém. Que noite boa, não é, Rospo?

A PRESENÇA DO CUIDADO

—Rospo! Cuidado!
—Obrigado, Sapabela. Estava mesmo distraído ao celular. Sempre assim, quando ligo para você.
—Vinha um carro. Tem que ser mais atencioso para com você mesmo. Ligava para mim?
—Sim, mas agora me fez lembrar de algo: o melhor amor é o cuidado.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

CONVERSANDO NA BEIRA DA NOITE

—Sapabela!
—Rospo! Que euforia é essa?
—Você vai vibrar!
—Só vibro ao vivo e em cores.
—Não entendi.
—Está bem. Mas, conte-me a novidade. Estou curiosa.
—Conheci uma amiga sensacional.

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